quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

2011!

As coisas vão dar certo.
 Vai ter amor, vai ter fé, vai ter paz. 
Se não tiver, a gente inventa.





Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo. Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso. Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes. Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito. Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria. Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz!



Que possamos rir, chorar, pensar, viver, cantar, ajudar, aproveitar e sentir mais nesse novo ano. 
Obrigada seguidores queridos!
Muito obrigada Any, minha fiel escudeira. 
''E que seja bom o que vier, pra você, pra mim.'' Pra todos nós.
Feliz 2011! :) 

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Do meu querer.


Quero acordar do seu lado num domingo de manhã e saber que não temos hora para sair da cama. E, depois, ir tomar café na padaria e ler o jornal com você. Quero ouvir você me contar sobre o trabalho e falar detalhadamente de pessoas que eu não conheço, e nem vou conhecer, como se fossem meus velhos amigos. Quero ver você me olhar entre um gole de café e outro, sem nada para dizer, e apenas sorrir antes de voltar a folhar o caderno de cultura. Quero a sua mão no meu cabelo, dentro do carro, no caminho do seu apartamento. Quero deitar no sofá e ver você cuidar das plantas, escolher a playlist no ipod e dobrar as roupas esquecidas em cima da cama. E que, sem mais nem menos, você desista da arrumação, me jogue sobre a bagunça, me beije e me abrace como nunca fez antes com outra pessoa. E que pergunte se eu quero ver um DVD mais tarde. Quero tomar uma taça de vinho no fim do dia e deitar do seu lado na rede, olhando a lua e ouvindo você me contar histórias do passado.Quero escutar você falar do futuro e sonhar com minha imagem nele, mesmo sabendo que eu provavelmente não estarei lá. Quero que você ignore a improbabilidade da nossa jornada e fale da casa que teremos no campo. Quero que você a descreva em detalhes, que fale do jardim que construiremos, e dos cachorros que compraremos. E que faça tudo isso enquanto passa a mão nas minhas costas e me beija o rosto. Quero que você nunca perca de vista a música da sua existência, e que me prometa ter entendido que a felicidade não é um destino, mas a viagem. E que, por isso, teremos sido felizes pelos vários domingos na cama e pelos sonhos que comparilhamos enquanto olhávamos a lua. Que você acredite que não me deve nada simplesmente porque os amores mais puros não entendem dívida, nem mágoa, nem arrependimento. 
Então, que não se arrependa. Da gente. Do que fomos. De tudo o que vivemos. Que você me guarde na memória, mais do que nas fotos. Que termine com a sensação de ter me degustado por completo, mas como quem sai da mesa antes da sobremesa: com a impressão que poderia ter se fartado um pouco mais. E que, até o último dia da sua vida, você espalhe delicadamente a nossa história, para poucos ouvintes, como se ela tivesse sido a mais bela história de amor da sua vida. E que uma parte de você acredite que ela foi, de fato, a mais bela história de amor da sua vida. Que você nunca mais deixe de pensar em mim (...). E, por fim, que você continue a dançar na sala. Para sempre. Mesmo quando eu não estiver mais olhando.

domingo, 19 de dezembro de 2010

A risada.

 O que me pegou foi a risada. Ela é única, e sincera. Acho que em todas as vezes, eu a ouvi com o coração aberto, e talvez por isso seja tão bonita. É assim: ele começa a rir alto, e vai fechando os olhos devagarinho enquanto joga a cabeça para trás. E mal desconfiava enquanto eu ria junto, nem que eu não achasse graça. Eu ria só porque achava tão lindo alguém rir dessa forma tão espontânea, tão singular como era a dele. E a voz das gargalhadas só me deixava pensar "meu Deus, que delícia saber que eu tenho ele na minha vida. Não me deixe nunca perder essa risada de vista". Então ele ia voltando a cabeça para frente e olhava bem dentro dos meus olhos, com o rosto ainda todo vermelho e achando a maior alegria em coisas idiotas que não tinham a menor graça. "O que tinha graça era a risada", eu queria explicar. "O que me fazia rir era ver você sorrindo daquela maneira tão honesta", era o que eu sempre quis lhe dizer. Mas aí ele ia perder o riso e ficar com vergonha de alguém louca como eu amar tanto aquela risada. Eu nunca disse, mas o que me pegou foi a risada. 

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Dias de Sol.

Tenho tido dias de Sol.
Percebi que quando a gente menos espera algo bonito está esperando por nós, que grande parte das coisas que aconteceram na minha vida, boas e ruins, te trouxeram de volta pra mim, fazendo ressurgir também momentos de felicidade simples e riso fácil. 
Me sinto segura ao seu lado. Você me dá forças e me faz acreditar que tudo pode dar certo, faz com que me sinta inteira, me conhece como ninguém, e só de ouvir minha voz já sabe se estou bem ou não. Conhece cada olhar e cada sorriso. Convive com meu mau humor, minha teimosia, minhas 'crises' e ainda assim, continua andando ao meu lado.
Não sei se por onde andamos é o caminho certo, mas sei que é o mais bonito, porque ter você comigo deixa tudo lindo. 
Existe algo que nos torna cúmplices, faz tudo tão intenso, mesmo quando achamos que não há mais nada novo pra sentir. Tudo cresce, flui, se renova e fica melhor, difícil explicar.
E eu fico com esse riso bobo, relembrando cada detalhe dos nossos encontros ao andar pela rua, parecendo meio louca e sem me importar com o resto. É, não me importo mais com o que os outros vão pensar, falar e achar, já não faz diferença alguma, porque você pode até me trazer chuva, mas também me trás o sol e de quebra um arco-íris que faz qualquer tempestade valer a pena.




- Ganhei um sapo de presente, sabe desses de pelúcia?
- E tu beijou pra ver se virava príncipe?
- Lógico! Mas não virou...
- Ué como não? Olha aqui!
- Aah! 
- Eu sou o príncipe! ;D

Sim, você é! 



quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Seja grande ou pequeno,

...tudo que você faz tem consequências, 
assim como na água, seja uma pedra ou um grão de areia,
 ambos afundam.
 [Oldboy]

Não, o melhor é não falares, não explicares coisa alguma. Tudo agora está suspenso. Nada agüenta mais nada. E sabe Deus o que é que desencadeia as catástrofes, o que é que derruba um castelo de cartas! Não se sabe… Umas vezes passa uma avalanche e não morre uma mosca… Outras vezes senta uma mosca e desaba uma cidade.



terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Guardo pra te dar as cartas que eu não mando.

 E o que você faz com as cartas que escreve?

- Guardo. A sete chaves. Um dia talvez possa
entregá-las pessoalmente.



(...)



- E… o que você diz nessas cartas? (...)
– Eu digo que estou disposto a qualquer coisa,
eu digo assim: "Chegue bem perto de mim. Me olhe,
me toque, me diga qualquer coisa. Ou não diga nada,
mas chegue mais perto. Não seja idiota, não deixe isso
se perder, virar poeira, virar nada. Daqui há pouco você
vai crescer e achar tudo isso ridículo. Antes que tudo se
perca, enquanto ainda posso dizer sim, por favor, chegue
mais perto"
- ... É tão complicado. Saio na rua e fico olhando todos os
meninos de vinte anos, como se cada um pudesse ser ele. 

sábado, 4 de dezembro de 2010

E queria sempre achar explicação pra o que eu sentia.

Então, de repente, sem pretender, respirou fundo e pensou que era bom viver.
 Mesmo que as partidas doessem, e que a cada dia
 fosse necessário adotar uma nova maneira de agir e de pensar, 
descobrindo-a inútil no dia seguinte - mesmo assim era bom viver.
 Não era fácil, nem agradável. Mas ainda assim era bom. 
Tinha quase certeza.
[Caio F.]
                     


Não sei mais o que acontece. Tá tudo tão confuso, tão estranho. Eu estou estranha. 
Nesses últimos dias não reconheço a menina que vejo no espelho, a menina que tenho evitado encarar. Tanta coisa eu preciso dizer, tanta coisa quero fazer, e ao mesmo tempo eu quero guardar e esquecer que algum dia eu já quis colocar pra fora.
É muito mais fácil chorar pela décima vez ao dia do que tentar explicar escrevendo. Chorar por motivos bobos, por coisas que antes não me abalavam em nada. 
Sei que nessas horas não estou sozinha, e tenho provas diárias disso. Abraços, telefonemas, conversas, conforto de pessoas queridas, mas isso só me faz chorar mais. 
Minha tia pergunta porque eu choro tanto, só digo que não sei. E realmente não sei. 
Talvez seja por conta de todas as responsabilidades que tive que assumir assim, de uma hora pra outra, ver pessoas queridas indo embora, e medo de perder as que ficaram. Medo. Não sei de que, mas essa palavra é a mais próxima que encontrei nas inúteis tentativas de entender. 
E justamente por ver tantas pessoas a minha volta é que dói tanto, não quero que nenhuma vá embora.
Ir embora, é algo que tem ficado na minha cabeça nesses últimos dias, não aguento mais ver ninguém indo, é isso.
Não dá pra entender, não tente. Só tenha paciência e não vá embora.




Gostaria que meu coração fosse como uma porta giratória, 
por onde as pessoas entrassem e saíssem sem que eu desse a mínima.
[Caio F.]

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010



Um pouco de raiva não me fará mal.
Há frutos que apodrecem 
por excesso de doçura.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Vai passar, tu sabes que vai passar.

 Falta paciência, falta tempo, falta... falta. Acho que é cansaço, mas já está chegando ao fim. Fim de semestre, fim de provas, fim de trabalhos, fim de ano, férias enfim. É disso que preciso, ando pensando demais, isso me deixa meio paranóica. 
No fundo tô morrendo de medo. É isso.
Mas passa, sempre passa. Ou não.


Eu devo desistir pra um dia ser feliz?
Ou devo resistir? Eu devo insistir?
Cantando e mais do que isso gritando
E às vezes até confessando que eu não sei amar
Pois sabendo, eu não estaria sofrendo
E ainda por cima escrevendo, ao invés de falar...
[Fresno - Polo]

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam...

... a gente sabe, bem no fundo, que foram feitas pra um dia dar certo.


Pode ser mesmo que isso passe, pode ser que amanhã eu acorde e você tenha ido embora. Ainda assim, ainda que amanhã chegue para estragar tudo, poder chegar em casa e ver tudo diferente já são milhões de quilômetros rodados. Zilhões.




Por isso hoje eu acordei
Com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho
E desejar bom dia
De beijar o português
Da padaria...
[Telegrama - Zeca Baleiro]

sábado, 27 de novembro de 2010



' Desisti de sustentar uma imagem e procurar o amor da minha vida no caminho. Quem quiser olhar pra mim vai ter que se conformar com minhas Havaianas roxas e meu cabelo despenteado, minha desatenção e minha falta de correspondência. Ando abatida e pensando demais.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Foi quando eu senti...

...mais uma vez, que amar não tem remédio.
[Caio F.]



Mas você com esse seu jeito só seu, de não me permitir saber o que esperar de você,me faz te odiar tanto e querer tanto sua atenção. E me faz querer tanto você daqui a pouco, porque você não enjoa. Você me cansa demais, mas não enjoa.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A consequência do destino é o amor. ♪

Foi sair da sala um minuto e  pronto, ao voltar os anjinhos estavam com meu celular.
Andrey: - Pofe, a gente tá ligando! :D
- Não meniiino! Me dá isso aqui!!! :|
E quando peguei pra ver realmente tinha alguém na linha. E foi aí que veio o susto, vi um número tão conhecido na tela, número que já disquei tantas vezes. Desliguei.
Sentei e pensei então que talvez, mesmo que não acredite sempre, quem sabe esse papo de destino seja verdadeiro. Pensar assim me fez sorrir.
Mas ultimamente sei lá, tem sido mais fácil acreditar em coincidências.


[De janeiro a janeiro - Roberta Campos e Nando Reis]

 Parece mesmo que "o universo conspira a nosso favor...'' . Pena que a gente não ajuda. ;~

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Tudo errado...

Eu não faço a menor idéia do que vejo em você, mas também não faço idéia do que não vejo. Eu posso ter um cara mais gostoso, como de fato já tive milhares de vezes. Mas por alguma razão prefiro suas piadas velhas e seu jeito homem de ser. Você é um idiota, uma criança, um bobo alegre, um deslumbrado, um chato.Mas você é homem. E talvez seja só por isso que eu ainda te aguente: Você pode ter todos os defeitos do mundo, mais ainda é melhor do que o resto do mundo!





Eu procurei em outros corpos encontrar você

Eu procurei um bom motivo pra não, pra não falar
Procurei me manter afastado
Mas você me conhece eu faço tudo errado, tudo errado
Fim de semana, sei lá vou viajar
Vou me embalar, vou dar uma festa
Eu vou tocar um puteiro
Eu vou te esquecer, nem que for
Só por uma noite...


[Só por uma noite - Charlie Brown Jr.]

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Mas se você não me procura, é porque consegue viver bem .



Frágil – você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço.









Eu tenho sonhos, mas não hoje. Feche a porta e apague a luz, por favor.
– E se o telefone tocar diga que eu morri que estou mortinho da silva.

Estirado no chão da sala com o coração na mãoDiga que retirei meu coração

com a mão – ele estava doendo demais...

domingo, 14 de novembro de 2010

Aonde está a força de negar um desejo se enquanto ele não é saciado continua existindo?


Você pensa que é forte sendo moralista, respirando fundo, contando até mil, sumindo da festa, rezando, desviando sua atenção, mas ele está lá, num bar com amigos, te olhando de longe. E ele continua lá mesmo depois que o táxi o levou, meio embreagado, para casa. 

(...) Esse é o maior problema dos desejos, eles não aceitam não como resposta. Você só coloca um ponto final nele se for até o fim.

(...) quis não pensar, me agarrei numa lógica fria que berrou no meu ouvido que toda ação tem sua reação. Toda traidora tem seu dia de enganada. Toda vontade negada tem seu dia de câncer. Todo silêncio tem seu dia de grito desesperado. Entenda cada som, de cada letra, de cada palavra, de cada frase, de cada sentença, de cada idéia carregada de desejo, como um grito de cada parte do meu corpo que ficou lacônica quando sua presença física abandonou a festa.





quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Não sei nada, e sei tudo.

Você não sabe mais nada sobre mim. Não sabe que deixei o cabelo crescer, qual o livro que estou lendo, com quem estou me envolvendo. Não sabe que ainda penso em nós dois de vez em quando e ainda me assusto com a maneira que você participa da minha vida. Você não sabe que uma vez ou outra, ainda procuro saber de você (Indiretamente, eu juro!). Não sabe que sua felicidade me faz feliz, mas me machuca muito. Você não sabe mais nada sobre mim.

Eu não cresci, não pareço mais velha nem mais inteligente. Continuo acreditando que o amor é a solução e a justificativa para tudo. Meu cabelo continua tendo vida própria, meu sorriso ainda é inocente e minhas mãos permanecem suadas o tempo todo. Não me envolvi com pessoas fantásticas desde que você foi embora, não tomei coragem para para começar o curso de inglês. 


(...) Eu continuo usando irregularmente os óculos, tendo enxaquecas constantes e insônias destruidoras. Não perdi a mania de descascar todo o esmalte das minhas unhas, de usar a minha mochila colorida, não deixei de comer um monte de besteiras, enquanto você é preocupado com a boa forma. (...) Não deletei o blog que começou com a sua despedida, ainda chego depois quando marco com alguém, não consegui deixar de associar você com o shopping. Não tomei coragem pra entrar na autoescola, não largo meu celular nem por um segundo.
Eu continuo sendo louca por chocolate e aqueles filmes românticos que nós sempre sabemos o final, mas fingimos ser novidade. Não perdi a esperança de encontrar o amor da minha vida e ainda escondo de muita gente, o meu lado romântico. Ainda não sei cozinhar e reconheço seu cheiro no meio de um shopping lotado de gente passando rapidamente por mim. Você não sabe nada sobre mim e levou todo o meu melhor quando foi embora. Mas assim como você não sabe nada sobre mim, eu também não faço ideia de como você esteja. Não sei se ainda tem o mesmo cheiro de tomei-banho-para-sempre, se o seu sorriso ainda continua lindo e se a sua pontualidade ainda é seu ponto forte. Não faço ideia se continua sendo lotado de manias e fingindo ser o homem mais forte do mundo, enquanto morre de vontade de correr pro colo da mãe quando ninguém está olhando. Não sei se ainda pensa em mim quando escuta a nossa música. Espero que não pense em ter filhos ou levar o seu novo amor à Paris. Eu não sei nada e sei tudo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Os dias de paz estão em nós ♪


Uma das mais saborosas sensações de liberdade que eu conheço é flagrar meu coração feliz sem precisar de nenhum motivo aparente. Rio e me sinto mar. :)


domingo, 7 de novembro de 2010

Sempre metade.


Antes de chegar à minha casa vejo que ele deixou dois chocolatinhos na minha bolsa, arremesso um deles com ódio na valeta da rua, o outro eu como, afinal, é sempre com a metade de tudo que eu fico porque ninguém nessa merda de vida consegue se dar e ser por inteiro.

sábado, 6 de novembro de 2010

Mas ele não merece? Ele me trouxe chocolates, ele mereceu!

(..) Essa vida viu, Zé pode ser boa que é uma coisa. Tive um tempo que chorava muito, não me conformava e até reclamava com Deus. Culpa desse coração burrinho e da porra do romance que não me deixa em paz. Hoje em dia, está ótimo. Não choro, não reclamo e nem apaixono. Agora tô, ó, tá vendo? De pedra. Uma pedra no lugar do coração. Uma rocha, estou quase um macho bruto. (...) me viu chegando cedinho, com o dia amanhecendo? Tava bebendo uma com os amigos, nem bebi tanto viu, fui para conversar e espairecer a cabeça, ando muito ocupada viu? Baladinha leve. E de boa. Sabe quem tava lá junto com a turma? Esse mesmo. Ele veio até me trazer em casa. Que vergonha. Eu tava meio caindo pelas beiradas não era? Era sono. Tá, um pouco disso e um pouco daquilo também, mas basicamente sono. (...)

 Eu sou estudante, trabalhadora, responsável a procura de um grande amor. A procura mesmo viu? Por isso ando em tantos lugares. Nunca se sabe em que buraco escuro o seu principe encantado pode estar escondido, o lance é procurar em todos os lugares. Enquanto ele não vem me salvar. Estou me divertindo quando posso. Nao é esse o grande conselho do mundo? Quando sua casa cai, o seu amor te deixa, você se sente perdida e sem rumo. Não mandam você se divertir e não preocupar com nada. Eu faço é isso. Me divirto com todos eles. Eu já fui do choro viu? Eu chorava, escrevia um monte de poesia profunda, textos bonitos. Quando a gente se apaixona e tudo o mais e enche o saco dos amigos com aquela melação toda. Não fica todo mundo dizendo pra gente parar de tanto drama e se divertir? Poxa, to só obedecendo todo mundo. Seguindo a risca as dicas. Não é isso que todo mundo na minha idade acha super divertido? Beber, sair. Beber, baladar, beijar. Dançar, conhecer gente nova, chegar tarde e envelhecer e não sentir nada.
Sabe, vou te contar o meu drama. No começo, eu pensei que não poderia, que não conseguiria me desligar do coração e colocar no comando outras partes do corpo. No começo até doeu um pouco não sentir nada. Mas eu até que consegui. Estou ou não metendo mala nesse assunto? Eu não sinto mais nada, por ninguém. Nada. Uns vem e são comprometidos. Uns vão e são solteiros e muito novos. As garrafas tão lá, ao lado do lixo. As cinzas e provas da minha vida vazia saem por ai dançando. E minhas dores vão juntas. No dia seguiinte, eu acordo bem, acordo fina. Tomo um banho escutando musica. Passo protetor solar. E nadinha. Nem pena das dores do mundo eu consigo sentir.
 Eu já fui pura viu? Minha pureza era linda Zé, mas ninguém entendia ela, ninguém acolhia ela. Todo mundo só abusava dela. Agora ninguém mais abusa da minha alma pelo simples fato de que eu não tenho mais alma nenhuma. Já era. É isso que chamam de ser esperto? Nossa, então eu sou uma ninja. Bate aqui no meu peito? Sentiu o barulho de granito? Quebrou o braço Zé? Desculpa.

Mas é sabado. Tem risada alta, tem festinha, tem um milhão de carros ocupando todas as vagas da garagem, tem minhas roupas curtas e maquiagem. Promete não me julgar? Porque eu tentei, juro que tentei que desse certo, mas não deu. Agora eu vivo assim, mas meu coraçao ainda é bom. 
São tantos nomes, não é? Mas é só fazer que nem eu: chama todo mundo de “o outro”. Todos são outros. Porque o de verdade, Zé, o de verdade não existe. A gente chora, escreve lá umas poesias profundas, chora, mas um dia a gente acorda e descobre que esse aí não existe não. Depois tem domingo, um novo dia. Um novo outro qualquer. Eu queria te dizer que eu sinto muito. Mas eu não posso te dizer isso porque a verdade é que eu não sinto mais nada. Nadinha, Zé.


Uma hora a gente tem que acordar pra vida né Zé?! ;p

Não me permiti, não te permiti.

Faça o que você sente que está certo em seu coração - pois você
será criticado de qualquer maneira. 
Você será condenado quer faça ou não
[Eleanor Roosevelt] 




Difícil explicar. Muitas coisas duras por dentro. Farpas. Uma pressa, uma urgência. E uma compulsão horrível de quebrar imediatamente qualquer relação bonita que mal comece a acontecer. 
Destruir antes que cresça.






É isso.
Acredite meu amigo: é melhor assim!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Apenas me ferem muito esses teus silêncios.

'Mulher nenhuma merece um homem que chora por ela, mas não move um dedo pra impedir que ela vá embora.'
Talvez Amanda Teles tenha razão ao escrever isso. De que adianta falar e falar e não agir? 
Eu escrevo uma ''bíblia'' como você mesmo diz, falo tudo, conto meus segredos e digo que é hora de ir - mesmo querendo ficar - e você simplesmente não faz nada. Nem mesmo diz tchau. 
Poderia dizer que eu escrevi sem esperar resposta, mas aí vai mais uma verdade minha: eu sempre busco respostas, não me importo se serão boas ou ruins, preciso delas. E você parece não entender, acha que calar é a melhor coisa. Não para mim. Isso faz com que pareça indiferente a tudo e eu me sinta uma boba.
E daí né?! Azar o meu.
E então, depois de ser ''forte''por um tempo que nem eu acreditava que conseguiria, enfim chorei. Sozinha, com o rosto afundado no travesseiro chorei.
Chorei por tudo que estava de certa forma acumulado esse tempo todo, chorei sem pensar em nada. Chorei pra esvaziar, chorei pra me encher de coisas novas, pra abrir espaço. Chorei pelos outros caras babacas serem tão babacas. Chorei pelo Kim ser tão legal e me lembrar você. Chorei por medo de ser sozinha, por estar cercada de gente quando quero deixar a solidão entrar. Pelas decepções com os outros, pelas decepções comigo. Pelas crianças que não tenho dado devida atenção, por querer voltar a ser uma delas. Por saudade do abraço do meu melhor amigo, por não mais me lembrar do calor do seu. Chorei por lembrar, chorei pra esquecer. Chorei pela coragem que me fez querer ir embora, chorei pelo medo de não conseguir. Pela razão ter me feito pensar que era melhor assim, pela emoção voltar e me fazer pensar que não. Chorei por medo de não ser feliz. Chorei por não ouvir o barulho de uma mensagem sua, chorei por ouvir e correr pra ver que não era sua. Chorei por tudo que fomos e por tudo que eu acreditava que ainda seriamos. Chorei por sentir saudade, chorei por te querer longe. Até dormir chorei. Me fez bem. 

domingo, 31 de outubro de 2010

Fica? Passa? Vai? Volta?

(...) saí na sexta e voltei no domingo, procurando esconderijos, saídas que não me levassem até você. Mas não adiantou, eu via miragem sua em qualquer lugar. É como se um radar existisse dentro de mim e em qualquer lugar eu tentasse te achar. Bebi de não lembrar nada, ou quase nada no outro dia, mas você eu sempre lembrei. Já beijei outras bocas pra ver se encontrava um beijo melhor que o seu. (...) Procurei enlouquecidamente outro alguém que pudesse me fazer o bem que você me fez... Senti outros abraços, mas nenhum me passou a segurança que seus braços me passavam. Ganhei carinho, mas nenhum era tão gostoso quanto o seu. Tentei de tudo. Mas o tudo não adiantou. O que eu faço agora? Te procuro ou me perco no mundo?

Quase novembro...

a ventania de primavera levando 
para longe os últimos maus espíritos do inverno.

Saiu andando lenta em busca de uma rua sem carros, de uma rua com árvores, uma rua em silêncio onde pudesse caminhar devagar e sozinha até em casa. Sem pensar em nada, sem nenhuma amargura, nenhuma vaga saudade, rejeição, rancor ou melancolia. Nada por dentro e por fora além daquele quase-novembro.


sábado, 30 de outubro de 2010

A chuva trás saudade...


http://diariosdeumadesconhecida.blogspot.com/2010/10/adoro-chuva-poupa-lagrimas.html


Lia disse tudo.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Não sei você, mas vou atrás de mim mesma.

[...] volto assim que me encontrar.
[Martha Medeiros]




I know you well, I know your smell.
I've been addicted to you.
Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.
I am a dreamer but when I wake,
You can't break my spirit - it's my dreams you take.
and as move you on, remember me,
Remember us and all we used to be

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Pra quebrar o gelo.

C: - Vocês vão lá ver os índios né?
J: - Acho que sim.
T: - Lógico, a gente não pode perder isso! kkk'
A: - Eu nem sei  ;s
C: - Tava pensando, eles gostam muito de leite, a gente podia levar né? Fazer tipo uma ''campanha do leite''. :) kkk
J: - Tem muito leite na minha casa. :p
C: - É, cada um da turma leva um litro que já tá bom.
T: - Ah, então é mais fácil levar uma vaca e resolvido. :D
Silêncio. 
T: - Não?
Risadas, risadas.






A coisa tá feia pra todas nós, mas juntas ainda achamos graça
nas bobeiras cotidianas. ;p



Olha aí!

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